Mais de 300 projetos finalistas foram apresentados por estudantes do ensino médio e fundamental de todo o Brasil na nona edição da FEBRACE, a Feira Brasileira de Ciências e Engenharia. A gente encontrou muita coisa interessante nos corredores lotados da tenda montada na Universidade de São Paulo.
A maioria dos trabalhos mostrou a preocupação desses jovens em resolver problemas sociais, como estas cadeiras de roda para tetraplégicos. Ela funciona a partir de um sensor que reconhece os movimentos da cabeça e, dependendo da adaptação, serve também para controlar o mouse do computador. "A gente usou um acelerômetro para captar os movimentos e um transmissor de radiofrequência para transmiti-los", explica o estudante Cléber Quadros, um dos idealizadores do projeto.
Outras tecnologias se aproveitam da voz humana para agir. Esse robô, por exemplo, pode ser controlado completamente pela voz, ainda que o protótipo só funcione falando inglês. "A gente utiliza um computador comum com o software de reconhecimento de voz e um microcontrolador, que recebe os dados e aplica os movimentos", conta o estudante André Lemos.
Havia todo tipo de solução. Desde um tapete com alarme para evitar acidentes com crianças até um sistema um tanto mais complexo que paralisa o carro quando detecta que o motorista está embriagado. O sistema criado pelos estudantes detecta a presença do álcool no hálito do motorista, quando o limite estipulado é ultrapassado, o carro é automaticamente paralisado.
Todos os trabalhos foram avaliados por profissionais do mercado, pesquisadores e doutores. Eleger os vencedores dessa edição não foi tarefa fácil. Os autores dos melhores projetos ganharam medalhas, certificados e troféus em uma cerimônia realizada no Palácio dos Bandeirantes, a casa do governo de São Paulo.
Mas o momento mais esperado pelos estudantes foi o anúncio dos 9 projetos escolhidos para participar da “Intel ISEF”, a Feira Internacional de Ciências e Engenharia realizada todos os anos, nos Estados Unidos. Quinze estudantes brasileiros vão representar o país na 62ª edição da ISEF, entre os dias 8 e 13 de maio, em Los Angeles, na Califórnia. A expectativa dos vencedores é agora ainda maior.
As feiras de ciência são peça indispensável no sistema de educação. Elas estimulam os alunos a se interessarem desde cedo por ciência e tecnologia, o que é fundamental para o desenvolvimento do país. "A gente começa a incentivar esses jovens desde sua tenra idade para que eles possam desenvolver seus projetos, fazer suas pesquisas e acreditar que a área acadêmica de pesquisa é uma boa pra eles", explica o Gerente de Educação da Intel Brasil, Rubem de Paula.
Um bom exemplo dessa história é Fernando Martins, presidente da Intel Brasil, que começou sua carreira em tecnologia em uma feira de ciências. Hoje, ele é o primeiro a defender o investimento em educação como preocupação de primeira importância da empresa. A Intel investe, atualmente, cerca de US$ 100 milhões por ano em projetos do tipo ao redor do mundo.
Fonte: Olhar digital.com
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